Gavião-Real

Soltura do Gavião-Real

01/11/2011 00:00

Pesquisadores do programa do Instituto de Pesquisa da Amazônia (INPA) e do Refúgio da Vida Silvestre (RVS), da prefeitura de Manaus, trabalham em conjunto no “Projeto Gavião-Real”.

Por: Luciane Marques

contato: luciane.dutra.marques@gmail.com

 

Os pesquisadores tiveram que subir de rapel para conseguirem filmar, com uma mini-câmera, o pequeno gavião que estava em um ninho em cima de árvore de aproximadamente 35 metros de altitude, e anotaram cada saída e entrada das aves adultas.O filhote era alimentado constantemente pela mamãe gavião com os restos de comidas e de carcaças de animais. Todos os movimentos das aves foram anotados pelos pesquisadores, e todos os vestígios como restos de alimentos foram coletados através de uma rede colocada ao redor do ninho e levados para o laboratório para serem analisados, segundo os pesquisadores, a ave regurgita restos da presa que não consegue digerir, e separando essas carcaças os pesquisadores podem conhecer os hábitos alimentares do gavião-real.

Os pesquisadores também encontraram pêlos e unhas que foram guarda dos em pastas, dentro do laboratório do INPA.Para a bióloga Helena Aguiar, predadores como o gavião-real são equilíbrio da floresta, “eles mantém o controle a população de animais que se alimentam de sementes e poderiam comprometer o crescimento da vegetação”.

Após dois meses de monitoramento, a ave foi levada em uma caixa até a Estação Ecológica Cuieiras, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, na Zona Rural de Manaus. Os pesquisadores instalaram no pequeno gavião um radiotransmissor que vai poder ajudá-los a monitorar e seguir o sinal para conhecer melhor o comportamento dele.

A ave foi preparada durante esses dois meses para aprender a caçar e conseguir sozinha o próprio alimento.

Para o biólogo Thiago Bicudo a partir de agora, a missão para a equipe de biólogos é seguir o gavião para onde ele for e saber o quanto ele é capaz de voar por dia. “Espero que dentro de dois anos, esta ave encontre uma fêmea para se acasalar” conclui.

 

Resgate de outras harpias em 2011

O programa acompanha também aves resgatadas do cativeiro ou feridas. Até o início do segundo semestre de 2011, o “Projeto Gavião-Real” recebeu quatro animais resgatados da natureza. Um dos machos, de aproximadamente dois anos considerado um jovem, tinha um metro e setenta e sete de uma ponta da asa a outra e pesava cinco quilos, ele foi entregue em um posto da Polícia Militar do Amazonas, e levado depois para o centro de triagem do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama. O gavião passou por exames médicos e biométricos. Após dois meses em cativeiro ele foi devolvido a natureza.

Segundo Laérzio Chiezorin, veterinário do Centro de Triagem do Ibama a ave tinha passado aproximadamente 50 dias em cativeiro, e não engordou. “Ela estava com uma condição corpórea boa, sendo ideal o peso, para ele pode caçar.”

A ave foi preparada para voltar ao seu habitat natural, nas costas dele os pesquisadores colocaram também uma pequena mochila com um radiotransmissor VHF. Os sinais vão permitir que os pesquisadores acompanhem os primeiros meses do gavião-real em liberdade e saibam se ele está se adaptando à vida nova ou não. A coordenadora do “Projeto Gavião-Real”, Tânia Sanaiotti explica que a equipe de biólogos e párabiólogos ficam vendo o deslocamento diário e principalmente até o terceiro ou quinto dia quando a ave deve fazer a primeira caça. “E se ele conseguir caçar é sinal que ele está realmente apto a seguir seu rumo”, afirma.

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